Nas últimas semanas a gente viveu uma volta ao passado. Planet Hemp se apresentou no VMB e desde então partiu pra shows pelo país. Quem viveu a época de ouro do Planet sabe muito bem a importância e peso disso. Quem não viveu vai ter essa chance.

O discurso do grupo continua atual e ainda é extremamente necessário lutar para que não seja criminalizada a pessoa errada quando o assunto são drogas – sejam leves e recreativas ou não.

Além disso tudo, quem enfrentar as filas dos shows da Ex-Quadrilha da Fumaça, vai encontrar um nome novo abrindo os shows, mas que colabora para o peso que esses espetáculos merecem: Projota.

Batemos um papo com o MC que não acompanhou ao vivo a história dos caras, mas que sabe muito bem a importância do que está rolando nesse exato momento da música no Brasil.

Você ouvia Planet Hemp quando era mais novo?
Pô, acho que todo mundo ouvia, né haha. Mas eu era bem novo no auge dos caras, não tive como acompanhar tão forte; seu eu fosse um pouco mais velho teria ido em shows com certeza.

Nessa época, quais outras bandas você curtia?
Eu era muito fã de Raimundos, com certeza algo que eu sei decoradas dezenas de músicas até hoje.

Qual a emoção de abrir o show de uma das bandas que mais marcou algumas gerações?
Me sinto extremamente pequeno diante dessa banda tão grandiosa, ao mesmo tempo me sinto gigantesco por poder carregar a honra de abrir o show dos caras. É uma mistura de ansiedade, com alegria, com medo hahaha

Você acredita que essa oportunidade veio por causa do bom momento do rap ou fruto do seu trabalho?
Vem exatamente pela junção das duas coisas. Espero poder representar bem esse momento do rap nessas apresentações que marcarão pra sempre a minha vida.

O trabalho de Projota tem alguma semelhança com o do Planet Hemp ou são universos diferentes?
Com certeza tem. Carrego nas minhas rimas diversas influências trazidas do D2, do B.Negão, do Black Alien… MCs que ouvi tanto e ouço até hoje. Sem contar que o Planet é rock, é rap, é uma mistura de muitas influências. E eu costumo dizer que eu sou rock’n roll pra caramba, digo que meu rap é rock e vice-versa. Somos todos MCs e estamos unidos pela nossa atitude, a vontade de fazer alguma mudança através da música.

Você chamou o ProjetoNave pra tocar contigo nesses shows, o que vocês estão armando?
Vamos fazer um showzão daqueles, eu admiro esses caras demais, já fizemos algo juntos, e agora estamos armando o show completo com a banda.

A tendência dos shows grandes do Projota será tocar com banda ou vai de cada caso?
Provavelmente sim, faremos de tudo para vendermos mais shows nesse formato, pois eu vejo como um show muito mais rico, e eu já tenho esse sonho há muito tempo. O Projeto Nave trincou comigo pra esses shows do Planet, depois veremos como vai ser. Isso vai depender dos planos dos caras também, quem sabe até possamos manter essa parceria…

Abrir um show para o Planet é uma chance do Projota alcançar um público mais velho? Você se preocupa com a aceitação deles?
Desde que comecei a fazer música, eu simplesmente faço música, carrego comigo minha ideologia, minhas qualidades e defeitos como rapper. Agrado a alguns, não agrado a alguns, e assim será nesses shows. Sim, torço pra que todos que lá estiverem possam sair dali com o pensamento de: “Caraca! O show do Planet foi fenomenal…. pô, mais aquele cara, Projota o nome dele? Pô maneiro o som né? Vou procurar pra ver mais”. Algo assim me deixará muito feliz, sei que vai ser maneiro e o principal sentimento é de ansiedade, trabalhando duro pra montar uma apresentação muito boa tanto pra quem já conhecer meu trabalho, quanto pra quem não conhece.

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