Salve rapaziada, Efieli aqui e estamos começando uma coluna no Per Raps pra trocar ideia sobre beats!

Pra começar, trago uma pergunta que já me fizeram bastante e eu mesmo tenho a curiosidade de saber a resposta daqueles caras que acho foda.

Mas e aí? Começar o beat pelo sample ou pela bateria?

Vou logo dizer como que eu comecei: bateria.

E foi exatamente desse jeito aqui, com essa bateria super simples.

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Claro que só isso não faz nenhum beat foda o suficiente pra você já subir no seu Soundcloud maroto. Calma. Esse foi o meu começo. Depois disso tem três coisas que você pode fazer pra que essa bateria tome uma forma diferente.

1 – JOGA NO LIXO OS TIMBRES QUE JÁ VEM NO FL STUDIO

NEM PENSE em usar esses timbres nativos do FL. A não ser que você saiba exatamente o que quer com eles. Joga fora, esquece, não usa! Já que você tá começando agora, não é hora de experimentar e modificar os timbres nativos. E como usar timbres decentes para o beat? Ah, jovem! Clique aqui e vá a luta. A internet é um universo sinistro!

2 – SWINGA, SWINGA!

No Piano Roll você tem a opção de tirar do grid a bateria que você montou. Clique com o botão direito em cima do nome do seu timbre, por exemplo, o “kick”, e vá em “Piano Roll”. Na tela que abrir, você vai ver as notas em verde. Jogue-as levemente para a direita. Isso a gente pode fazer no hi-hat. Depois disso, explore adicionar mais timbres e fazer o mesmo. Isso é dar o swing para a bateria. Bota alguns no grid, outros não. Vai de ouvido. Ela fica linda!

3 – O BOM TRUQUE DO VOLUME DE CADA TIMBRE

No bumbo, por exemplo, você pode colocar duas notas dele em seguida e no primeiro com o volume um pouco mais baixo. Juntando essa dica com o segundo item, o swing da bateria fica ainda mais realista como se fosse uma pessoa tocando. Também pode fazer o mesmo com os hi-hats. Assim esse beat começa a tomar uma forma bem mais fluida.

Pronto! Você acabou de começar um beat pela bateria. Mas não é regra, ok? Cada um tem sua maneira de começar e se adaptar no seu próprio workflow.

Hoje eu gosto muito de samplear, então, geralmente eu tenho começado pelos samples e depois sigo na bateria. Vou sentindo e imaginando na cabeça como quero que o beat tome forma durante a música.

Teste os BPMs, teste ritmos diferentes, teste beats sem caixa. Teste tudo e pense em coisas fora da caixa (literalmente!). Simplesmente teste e fuja das facilidades que você encontra ao fazer um beat. Provavelmente você não é o único criando algo que você acha incrível assim de primeira. Tipo usar os presets do Gross Beat. Impressiona, mas pera lá! Fica de olho nisso.

Aqui tem um vídeo antigo que eu conto a história de como eu comecei no FL Studio e sobre esse passo simples que me fez começar a fazer beats. Acho que algo visual e com som pode esclarecer mais as ideias. Valeu!

EFIELI é Felipe Leandro, beatmaker – ou melhor, mastermaker, como se autointitula –  de Santa Catarina e mente por trás da gravadora independente Loopicotado Estúdio. Divide todo seu conhecimento sobre o universo dos beats na série audiovisual Beatcast, feita semanalmente em parceria com o Beli Remour.

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