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Photo by Tom Pottiger on Unsplash

– por Efieli (@efieli)

Salve, rapaziada! Efieli por aqui nesta maravilhosa coluna do Per Raps para falar sobre beats.

Hoje o assunto é a novidade fresquinha do momento para beatmakers: a nova versão do FL Studio! Uma edição comemorativa de 20 anos, por isso que o número da versão pulou da 12 para a 20.

Aqui vão quatro novidades do FL Studio que eu achei incríveis e que vão agilizar mais ainda as criações dos nossos preciosos beats dentro desta DAW (digital audio workstation).

1 – CHEGOU A VERSÃO PRA MAC!

Finalmente! Eu lembro bem quando, lá por 2009, comprei meu primeiro Macbook, aquele todo branco, que amarelava o teclado com o tempo de uso, sabe? Então. Fiquei felizão com ele, sistema novo, mundo novo, uma maravilha. Aí descobri que não tinha FL Studio pra Mac. Uma decepção dolorosa. Foi nessa época aí que eu fui parando aos poucos de fazer beats. Tinha tentado outras DAW’s e não conseguia me adaptar a nenhuma outra. Logic, Reason, Ableton, Cubase, Nuendo… Eu simplesmente não conseguia me adaptar nesses outros programas para produzir. Fiz aquelas gambiarras pra funcionar dentro do Mac mas era uma coisa nojenta, não funcionava direito. Particionei o HD, instalei o windows e essa era a maneira de usar o FL e fazer beat. Meu rendimento caiu demais de 2009 até 2013, que foi quando voltei pro PC e abandonei o Mac justamente pra voltar a produzir. A versão oficial pra Mac chegou, não testei. Mas chegou! Depois de 20 anos. Finalmente! 🙏

2 – CONSOLIDATE TRACKS

Por muito tempo, eu usava o mixer do FL pra “renderizar” os áudios de alguns plugins que acabavam ficando pesados demais pro CPU – era a maneira de otimizar o PC. Salvar em WAV e jogar de novo na playlist. Agora isso ficou mais fácil. É só clicar em “Consolidate this track” ali na playlist e pronto. Fácil!

O mesmo dá pra fazer com patterns: é só clicar com o botão direito no nome do pattern lá em cima e, na sequência, em “Quick render as audio clip”. Ou então nas outras opções como “Render and replace”. Pra quem usa PCs que não são tão bons de processador, é uma mão na roda!

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3 – O INFERNO QUE ERA A LATÊNCIA NO MIXER

Sempre tive problema com isso, ficava até impressionado com a falta de capacidade do FL de lidar com a latência de alguns canais do mixer. Só que agora, meus jovens, finalmente temos uma melhora no mixer com a compensação de latência causada pelos plugins. Por exemplo, quando eu precisava fazer uma mandada de um canal para outro e o primeiro canal tinha muitos plugins que causavam latência, o FL não ajustava automaticamente o segundo canal que recebia o som, nem quando queria usar o knob “mix” para fazer algo em paralelo com plugins de terceiros, compressão paralela ou algum outro efeito em paralelo. Bom, agora sim, é possível! Obrigado!

4 – A MÁGICA MASTER DO SWING DA BATERIA

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Não sei quem teve a ideia brilhante de retirar essa função na versão 12. Não é bem uma novidade mas vale a pena mencionar. Pô, senti falta demais disso! Com o Graph Editor a gente podia fazer o swing da bateria muito mais rápido. Um dos atalhos mais importantes na minha opinião. Eu ensino como fazer uma bateria no estilo Dilla, este aqui, mas não usei a função do Graph Editor do FL 11 e sim o Piano Roll que era a única forma de dar essa swingada na batera. Com o Graph Ediror é facinho, facinho fazer esse tipo de swing. É só ir na aba Shift e alterar o valor para adicionar “atrasado” em determinado timbre de bateria. Simples.

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Essas são as novidades que julgo importantes e mais me empolgam a atualizar para essa versão do FL Studio 20. Estou experimentando ainda e como toda nova versão, existem bugs para serem resolvidos. Claro que tem várias outras novidades que vieram junto com essa nova versão, como a função de enxergar o gráfico de áudio enquanto gravo uma voz ou outro instrumento. Tem o “Time signature” para usar diferentes compassos durante uma mesma música e a playlist se ajustar automaticamente, lá dentro do menu, clique em “Time markers” e, depois, em “Add time signature change”.

Em breve, vou fazer um vídeo no meu canal do YouTube contando algumas dessas novidades e mostrando na prática como elas funcionam. Tô felizão com essa nova versão e suas funcionalidades – e, claro, a mais aguardada (por 20 anos) versão oficial para Mac.

Bônus: Qual é a melhor DAW para fazer beats?

Muita gente me pergunta isso e já fiz também alguns vídeos em que menciono qual seria o melhor programa para você utilizar para fazer suas batidas. E minha resposta é simples e direta: aquele que você consegue usar! Eu já tentei vários e não consegui me adaptar, mas com o FL consegui me dar bem e até hoje eu não largo de jeito nenhum. Então se você se familiarizar melhor com FL ou com Ableton ou outro, não importa, use o que você se dá melhor.

E se você ainda não conhece meu podcast chamado Beatcast, junto com o Beli Remour – falamos sobre beats, música, produção etc – acesse aqui a playlist que contém todos os episódios. Vamos produzir 25 episódios novinhos para vocês, já estamos no 14º. Tem vários assuntos: como fazer um disco, o que faz um beatmaker ser foda, type beat e outros temas. Vale a pena dar uma conferida. Valeu!

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