– por Lilian Januario (@lilithixxx)

A mistura de elementos na música no melhor estilo raprocknrollpsicodeliahardcoreragga rola também na moda, e exemplo disso é a “mistura-movimento-tribo” Afro Punk, que tem chamado atenção dos principais sites de moda.

                   

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O nome Afro Punk não é novo: refere-se a descendentes africanos que fazem parte da cultura punk, trazendo como referência algumas bandas das antigas como Bad BrainsSuicidal Tendences e, mais recente, TV on Radio entre outras. 

Eis que surge um rapaz chamado James Spooner, nascido na Califórnia e que na década de 90 ouvia muito punk rock porém, sua pele negra muitas vezes lhe causava problema, já que a cena punk local (veja só que contraditório) era muito racista. Quando se mudou para Nova York viu uma realidade diferente e lá encontrou muitos garotos negros que também curtiam os mesmos sons que ele. Em 2003, Spooner decidiu filmar um doc: AFROPUNK: The Movie, que explica como se sentia na infância, detalhando essas questões interraciais dentro da cena.

O Afro Punk hoje tenta resgatar e dar força à esse movimento que nos últimos tempos vem sendo divulgado em algumas mostras e, em 2005,  também no Brooklyn, o Festival Afro Punk nasce para celebrar e unir os afro-americanos fãs de punk-rock e de outros sons alternativos como o hardcore e indie rock. Assim como no começo do hip-hop, jovens adolescentes que se sentiam deslocados descobriram que eram, na verdade, o núcleo de uma ousadia inovadora de rápido crescimento da comunidade. 

Além de bandas do gênero, o festival também já contou com shows de nomes como SZAJanelle Monáe, THEEsatisfaction e The Cannabinoids ft Erykah Badu (parece até um sonho), muita coisa boa reunida em prol da divulgação das bandas, da cena e, assim como em todo festival que se preze, bombam também os looks usados pelo público, formado por alternativos com muita autenticidade em suas combinações – um visual que basicamente vai do punk ao hip-hop. 

 Descrito pelo New York Times como “o festival mais multicultural nos EUA,” essa mistura toda de gêneros e elementos nos lembra muito o estilo de alguns rappers e cantoras/cantores que estamos acostumados a pagar pau há muito tempo cheios de piercings, tatuagens, black power coloridos, muitas correntes e óculos dos mais diferentes.

Ou seja, Afro Punk também nos garante um certo aval de sair por aí vestidos como os artistas que gostamos sem medo de sermos felizes. Tá tudo liberado!

                   

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 Torcendo para o Festival desembarcar pelo Brasil o quanto antes!!

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