#resenha
por Eduardo Ribas (@Duardo)
De So Far Gone até Nothing Was The Same, Drake segue abrindo o coração sobre desilusões amorosas e problemas trazidos com a fama, tudo sem se separar da produção de Noah “40” Shebib. Apesar do sucesso, Drizzy Drake ainda tem seu trabalho questionado, mas a raivosa “Tuscan Leather” e o mantra “Started from the Bottom” mostram que o rapper sabe de onde veio e para onde seguir.
Na faixa “Wu-Tang Forever”, Drake criou a expectativa de homenagem ao lendário Wu-Tang Clan, mas as referências acabam se espalham por todo o álbum, em versos e samples de antigos sucessos – a música em si mostra pouca potência para se tornar um clássico. Na melhor faixa, “Hold On We’re Coming Home”, Drake deixa a rima e canta sobre uma garota que, ao que parece, teve tudo nas mãos para conquistar seu coração.
Sampha (do post-dubstep SBTRKT) traz uma roupagem melódica a “Too Much”, repleta de confissões de inseguranças, lembrando Drizzy de seguir seu caminho sem se deixar iludir com falsas amizades e amores. Para fechar, Jay Z sela, inspirado, mais uma boa parceria em “Pound Cake/Paris Morton Music 2”, uma reflexão sobre méritos no business e trajetória no rap.
Agora, se o assunto for o melhor clipe do álbum, “Worst Behavior” ganha com vantagem. Nele, os parças de Drake em uma participação cômica e a presença mais que especial do sr. Drizzy, Denis Graham, todo pimp, fazem valer o view.
Realmente, nada será igual antes, Drake.
+Mais:
Drake lança clipe de “Worst Behavior”
Kendrick Lamar ft. Drake, “Poetic Justice”
Florence Welch faz cover de “Take Care”