Precisamos olhar racionalmente para o que vem acontecendo no Brasil: a juventude negra está sendo morta sistematicamente. Nosso país tem a 11ª maior taxa de homicídios do mundo e 80% das vítimas são homens.

Mas não é qualquer homem.

O homem que morre ou desaparece tem de 15 a 19 anos (53%) ou de 20 a 24 anos (49%), é negro – pessoas negras ou não-brancas têm 147% a mais de chances de serem vítimas de homicídios – e o número de homicídios de afrodescendentes cresceu 18,2%, enquanto houve uma queda de 14,6% entre pessoas não negras.

Quer saber mais? Esse texto tem informações completas: http://ondda.com/noticias/2016/05/brasil-tem-a-11a-maior-taxa-de-homicidios-do-mundo-80-sao-homens-mas-qual-o-perfil-desses-homens

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Tudo isso mostra pra gente um cenário muito claro: muitas mães ainda vão chorar se nós não nos erguermos contra isso. A violência é policial. A vítima é tratada como criminosa. O poder tem mais valor do que seguir respirando.

O clipe do Emicida, dirigido e roteirizado pelo próprio MC, vai além da música e nos faz lembrar do papel que o rap pode ter no mundo, o de transformação. Subversivo. Muito mais do que aqueles que se denominam assim. Se cada um de nós usar as armas que têm para denunciar a violência cotidiana e estrututal as chances de mudar a realidade são muito maiores.

Rap é compromisso. E Emicida tem mostrado a cada dia que veio para manter essa ideia funcionando.

Assista o clipe “Chapa”:

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