Em 25 de outubro de 2019, o icônico e polêmico Kanye West presenteou seus fãs com seu nono álbum de estúdio, intitulado “Jesus Is King”. Batizado anteriormente como “Yandhi”, e sendo gravado em agosto de 2018, o título da obra é autoexplicativo.
Contendo 11 faixas, e tendo participações como Ty Dolla $ign, Ant Clemons, Fred Hammond, Clipse, o saxofonista estadunidense Kenny G, além do coral chamado “Sunday Service Choir” — coral esse que colabora com Kanye em seu evento gospel ímpar e inovador chamado “Sunday Service”, que segue acontecendo todos os domingos com louvores e músicas inéditas.
Jesus Is King, e Kanye é…
Segundo Federico Vindver, o produtor do álbum; Kanye West é “o cristão mais influente no mundo hoje”. Chegando até a dizer que em determinado momento após a conversão de Ye, sentiram que ‘deveriam fazer isso para Deus, para que as pessoas saibam sobre Cristo’, e isso, além de ser impactante em um primeiro momento (pois Kanye sempre foi considerado uma personalidade controversa — chegando até a ser “estudado” por youtubers e fãs curiosos para saber se possuía algum tipo de “pacto” com o diabo para obter sucesso, fama e dinheiro), é algo a ser admirado, não pela religião em si, mas pela coragem que Kanye e Federico demonstraram ao seguir esse “chamado divino” publicamente lançando um álbum gospel com toda a qualidade e diversidade que Ye sempre proporcionou em suas músicas, álbuns e shows.
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O Poder Divino em Kanye e em seus “fiéis”
Federico disse também que após a finalização do álbum, a “missão” dele, de Kanye e de aproximadamente outras 40 pessoas não acabou: eles estão passando muito tempo em Wyoming — um Estado americano que possui uma vasta área rochosa e com montanhas; provavelmente onde o clipe de “Closed On Sunday” foi gravado.
Como sabemos, Ye sempre foi um gênio na arte de inovar musicalmente, e em “Jesus is King” não seria diferente. O projeto é, antes de tudo, um álbum de Rap “comum”, o que o difere de todo o resto é o modo como Kanye “evangeliza” a partir do momento em que sua voz é captada por nós: referências bíblicas, samples de clássicos, métricas excelentes, Auto-Tune, melodias angelicais feitas pelo próprio Ye em parceria com o coral “Sunday Service Choir”, e rimas que por mais que não sejam agressivas e egoístas, conseguem impactar e mostrar à nós, a real conversão de Kanye, que segue em busca de redenção e de progresso espiritual, como nas linhas da canção “Hands On”, onde Ye diz:
“Virei à esquerda quando eu deveria ter virado à direita
Disse a Deus que seria a última vez na vida
[…]
Disse ao diabo que estou entrando em greve
“Estive trabalhando para você minha vida inteira”
Impressões finais de “JIK”
“Jesus Is King” é um marco para a carreira de K. West, mas, pelas declarações que Federico fez, e também por todo o processo de criação e de isolamento até o projeto ser finalizado; a “glória verdadeira” não significa uma “boa recepção” do álbum pelos fãs, mas sim em fazer as atenções se virarem para Jesus Cristo, causando um “despertar” nos corações de quem ouve as palavras de Kanye como um influenciador, fazendo seus fãs fiéis a abrirem seus olhos para a verdade que Kanye aceitou após anos vivendo em “pecado” em um estilo musical que o mesmo disse ser “a música do diabo”, quase fazendo Ye abandonar sua carreira. Uma igreja satânica, que foi fundada por Anton Szandor Lavey, em 1966, nada satisfeita com o álbum “Jesus Is King”, tweetou o seguinte: “Satanás é o melhor amigo que Kanye já teve, pois ele o manterá nos negócios todos esses anos!”
Vale lembrar também que K. West anunciou para o conhecido radialista Zane Lowe, no programa “Beats 1”, da Apple Music, que em 25 de dezembro lançará um álbum no estilo de seu projeto “Sunday Service”, chamado “Jesus Is Born”, com seu coral “Sunday Service Choir”.