Escolher o Melhor do Rap e R&B nestes 10 anos (2008 até 2018) é uma missão e tanto! Aqui, a ideia foi reunir as principais músicas dos artistas que produziram trampos históricos nesse período, que marca também, não por acaso, uma década de vida do Per Raps.

Na cena brasileira, o destaque fica para Kamau com o clássico álbum “Non Ducor Duco”, lançado há exatos dez anos, em 2008. O celebrado disco traz temas políticos e sociais em faixas como “Não Acredite Se Quiser”, e também tem um lado forte de autorreflexão, como na “Equilíbrio”. Emicida, um dos responsáveis por levar o rap ao mainstream, também está em fase de comemoração, já que no próximo ano a sua primeira primeira mixtape, “Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida até que Eu Cheguei Longe”, completa uma década.

Já em 2011 foi a vez de Rodrigo Ogi fazer história com seu álbum de estreia, “Crônicas da Cidade Cinza”, que é um verdadeiro retrato da cidade de São Paulo. No mesmo ano, Criolo estourou com as celebradas “Não Existe Amor em SP” e “Subirusdoistiozin”, de seu disco “Nó na Orelha”.

Tássia Reis também aparece por aqui, já que desde que lançou “Meu Rapjazz”, em 2013, a artista não para de se reinventar e hoje é uma das principais mulheres do rap nacional – em 2014 ela lançou seu primeiro disco, que leva o nome dela, e em 2016, “Outra Esfera”.

Entre as tracks nacionais também aparecem Racionais com “Cores e Valores”, Pentágono  (“É o Moio”), Lurdez da Luz (“Andei”), Rincon Sapiência (“Elegância”) e Flora Matos (“Viver”), entre outros.

Da gringa, teve um artista que colocou o rap em novo patamar: Kendrick Lamar. O álbum “Good Kid, M.A.A.D City”, lançado em 2012, uma narrativa importante da vida de um jovem pelas ruas de Compton, cidade marcada pela violência policial – uma espécie de autobiografia do artista. Mas foi com “Damn”, de 2017, que Kendrick Lamar dominou a indústria musical, tornando-se o primeiro rapper a conquistar o prêmio Pulitzer, se juntando assim à lista de compositores americanos consagrados como Aaron Copland, Charles Ives e John Adams que também já conquistaram o prêmio.

Parece que foi ontem que The Roots e John Legend vieram ao Brasil com o show do disco “Wake up!”, lançado em 2010, uma seleção de releituras do soul de protesto. Nessa última década, também fizeram a diferença Erykah Badu (“Window Seat”), MF Doom (“Doomsday”),  Nas e Amy Winehouse (“Cherry Wine”), Frank Ocean (“Pink+ White”), Tyler The Creator (“Yonkers”) e Ibeyi – (“River”), só pra dar um gostinho dessa playlist especial de 10 anos.

Aqui cabe também destacar uma artista que continua fazendo história: Chaka Khan. Após exatos 10 anos de pausa, a musa mostra que é possível fazer música de qualidade sem deixar o passado de lado. Foi o que ela fez ao lançar, em 2018, o single “Like Sugar”, uma parceria com Major Lazer e seu primeiro lançamento pela Diary Records.

Agora prepare-se para revisitar, enfim, esses e outros sons que fazem parte do nosso cotidiano desde 2008 – você vai perceber o quanto o universo incrível do rap e do r&b continua se reinventando e fazendo história.

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